quinta-feira, 26 de junho de 2008

Etapas do processo de investigação-acção

A investigação-acção, como já referido anteriormente, deve conciliar as características da investigação e da acção simultaneamente sendo que a investigação deve ser realizada com o intuito de produzir uma reflexão e orientar uma acção de mudança. Deste modo, este tipo de investigação tem duas vertentes e obriga a dois planos, um plano de investigação e um plano de acção.
Kuhn e Quigley (1997) propõem um ciclo de investigação-acção.
Numa primeira fase, procede-se à planificação. Para tal, deve-se definir o problema e o projecto (ou seja, os métodos a seguir e as técnicas de recolha e análise de dados que mais se adequam à situação estudada). Nesta fase, o investigador deve seleccionar, inicialmente, um tema que seja do seu interesse e cujo estudo seja pertinente. De acordo com o tema e a abordagem pretendida, o investigador escolhe o método de investigação e elabora os instrumentos de recolha de dados que devem ser submetidos a validação antes de serem aplicados. Deve também decidir, antecipadamente, as técnicas de tratamento de dados recolhidos que pretende utilizar.
A segunda fase corresponde à acção, a implementação do projecto e a observação.
A terceira (mas provavelmente não última) fase é a fase da reflexão. Nesta fase, o investigador deve reflectir sobre a situação estudada, avaliá-la e decidir o caminho a seguir. Se o investigador considerar que não há mudanças a executar, termina a investigação-acção, se não, o ciclo reenicia-se e irá reeniciar-se tantas vezes quantas as necessárias até que os objectivos do investigador sejam atingidos.
Torna-se, então, evidente, que a investigação-acção processa-se de forma cíclica. Este processo de investigação e intervenção proporciona o envolovimento e consequente responsabilidade do investigador na produção de mudanças inovadoras.